A importância da humanização das marcas

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Em um momento online e robotizado, especialista em branding fala sobre a importância de aproximar as marcas dos clientes para torná-los fiéis

Em um momento em que a robotização e o online estão tomando conta da vida das pessoas, a ideia de humanizar uma marca para torná-la mais acolhedora, adaptada ao seu público de maneira próxima, humana e, principalmente compreensiva, é essencial. Isso significa que a humanização das marcas busca aproximá-las dos clientes por meio de sentimentos, desejos e expectativas.

A internet é um novo mundo de oportunidades e vendas. Tudo passou a ser mais acelerado. “As marca aprenderam a utilizar as plataformas e ferramentas para mapear, monitorar e acompanhar cada passo dos consumidores, e souberam utilizar muito bem as informações para apresentar ofertas cada vez mais micro-direcionadas para os desejos do público, porém, pouco se pensava em detalhes, como por exemplo, as necessidades dos clientes”, conta o especialista em Branding, D.J. Castro, da Nexia Branding

O especialista explica que cada detalhe é essencial. “As marcas precisam compreender até que ponto podem obter dados das pessoas e reestabelecer relações mais humanizadas com elas. Não é necessário abandonar os sistemas de automatização de marketing, mas é imprescindível redimensionar a comunicação para a escala humana, um a um. As pessoas merecem se sentir ouvidas e compreendidas para se tornarem fiéis”, explica.

Humanizar uma marca é aproximá-la do humano, com sentimentos, desejos e expectativas, pode parecer óbvio, mas não é. Castro explica que a necessidade de empatia, consumidor e marca, não surge da noite para o dia, é uma construção. “Dá-se em cada momento de contato, seja no ato da compra ou em qualquer outra ação cotidiana em que a marca é lembrada, é fazer com que a compra seja mais do que apenas de um produto ou serviço, tornando a empatia real, com carinho, afeto e cuidado, ou seja, tocando o coração do cliente”, relata. 

De acordo com o especialista, a abordagem das marcas deve buscar se reconectar com a sua essência. “Retomar um contato mais próximo e acessível e deixar um pouco de lado os excessos do passado recente. É uma grande oportunidade para reiniciar as relações com as pessoas, deixando claro o respeito pelas informações, e reconquistando o espaço, passo a passo”, conta. 

“As marcas que optarem por esse caminho mais humano, poderão se beneficiar da boa vontade das pessoas que procuram uma conexão mais íntima com a marca, e estas sim vão consentir, de forma consciente, o uso de suas informações para criar experiências melhores. As pessoas querem ter um caso de amor com as marcas, mas é preciso ter respeito nessa relação”, finaliza D.J. Castro

Tecnologia X Privacidade: A nova onda da precisão dos dados

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Artigo por Por D.J. Castro – Nexia Branding.


Vivemos em uma era em que os dados sobre as pessoas estão cada vez mais disponíveis e acessíveis. O caso da Cambridge Analytica, que conseguiu obter dados suficientes para conseguir mapear as tendências políticas de milhões de pessoas e ganhar eleições como o BREXIT e a Presidência dos Estados Unidos, mostrou como essa capacidade pode ser utilizada. Agora imagine esse nível de precisão de dados elevada à décima potência. Essa é a nova onda de ultra-precisão que está surgindo e que vai transformar a maneira como várias indústrias funcionam, e mudar ainda mais o modo como as pessoas se relacionam com a tecnologia.

Precisão é um termo que significa avanço tecnológico e soluções profundamente personalizadas. O termo científico “precisão” normalmente está associado às áreas médicas e de saúde, mas agora foi incorporado aos mais diversos setores, bem-estar, nutrição, estética, performance humana, entretenimento, marketing.

O conceito de Precisão está alinhado com a ideia de Personalização Profunda. No cenário da tecnologia aplicada ao marketing, se refere à captura de dados cada vez mais detalhados de cada pessoa do planeta, para mapear, entender, prever e até direcionar gostos, intenções, necessidades a ações.

Do ponto de vista semântico, “Precisão” está tomando o caminho de “vegano” e “sem glúten”, tornando-se um identificador que vai ser livremente aplicado a novos conceitos, produtos ou serviços. Veremos em breve marcas e empresas se autodenominando “nutrição de precisão”, “estética de precisão”, etc.

Às vezes a ciência está à frente dos consumidores. Os consumidores impulsionam o desenvolvimento da ciência. A nova era da Precisão vai se desenvolver em várias frentes, envolvendo indústrias como: Biotecnologia, Medicina, Bem estar, Estética, Nutrição, Comércio, Moda, Infraestrutura e Design de espaços públicos e até a Performance Humana.

A união de inteligência artificial, sensores, dispositivos de vestir (wearables), reconhecimento de emoções, reconhecimento facial, reconhecimento por DNA, abre um universo de possibilidades antes inimagináveis para a criação de novas tecnologias para a prevenção, tratamento e eliminação de doenças.

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Biodata – a nova fronteira do século XXI

A capacidade de captar um volume cada vez maior de dados biológicos de uma pessoa cria condições para produzir remédios, tratamentos, equipamentos perfeitamente ajustados à demanda do indivíduo para ter uma cura mais rápida.

Mais de 50% das pessoas estão dispostas a pagar um premium de 20% ou mais por produto e serviços baseados no DNA. Planos de perda de peso, suplementos alimentares, produtos dermatológicos, programas de fitness, cuidados com o cabelo e muito mais. Há uma demanda latente por serviços que se baseiem na ultra-personalização para obter resultados mais efetivos. Quem dominar esta nova tecnologia vai sair na frente e conquistar um novo mercado gigantesco.

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Questões estratégicas fundamentais relacionadas à Indústria da Precisão

É absolutamente transformadora e as oportunidades abertas por essa nova linha de desenvolvimento tecnológico são gigantescas, e devem ser levadas em consideração por qualquer empresa de tecnologia. A Biologia vai impulsionar a inovação no século e a capacidade de evoluir o desenvolvimento biológico vai ser o grande desafio desta era.

Custos decrescentes tornarão as tecnologias de precisão cada vez mais acessíveis, até se tornarem um direito humano. As leis de proteção aos consumidores serão aprimoradas, e as empresas precisam antever e se preparar para as mudanças. Personalização profunda é crítica para os negócios, pois os consumidores vão se acostumar e exigir cada vez mais experiências ultra-personalizadas.

A capacidade tecnológica de ler e interpretar emoções humanas vai criar oportunidades sem precedentes. Vidas mais longas vão transformar modelos de negócios. Imagine seus clientes vivendo 120 anos na média? Como seus planos estratégicos devem se adaptar?

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2030 – A perspectiva disruptiva no futuro próximo

É previsto que em 2030 a era da precisão esteja totalmente implementada, com empresas e consumidores acostumados com essa nova realidade. 4 serão revolucionadas por essa nova abordagem tecnológica: bem estar, comércio, espaços coletivos e performance humana. A mudança será ultra acelerada, criando oportunidades inimagináveis para as empresas que souberem surfar essa nova onda. Onde você estará nessa nova história?

D.J. Castro

Artigo publicado originalmente na Revista Business.

Seis principais tendências do marketing para os próximos anos

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Especialista em branding faz uma análise crítica sobre as principais tendências de mercado e dá dicas para líderes e gestores estarem à frente delas.  

O avanço de novas tecnologias, a popularização da internet e a transformação digital fizeram nascer inúmeras tendências para o marketing, tornando-o mais criativo, colaborativo e com atenção máxima ao cliente. A última pesquisa da Delloite, intitulada Global Marketing Trends 2020, aponta que o fator humano será responsável por influenciar diversos aspectos da área.

Na opinião do especialista em branding D.J. Castro, CEO da Nexia Branding e que vem analisando e mapeando há sete anos as tendências de mercado, para 2020, as marcas precisarão alinhar diversas tendências e, principalmente, analisar quais serão viáveis ao seu setor. “Deixar seu propósito claro para os consumidores, utilizar a experiência do usuário para influenciar os processos, usar a tecnologia para acompanhar as mudanças rápidas do mercado, utilizar metodologias ágeis e conquistar a confiança dos consumidores são tendências que precisam estar nas metas dos gestores”, informa.

De acordo com o especialista, uma forma de os líderes e gestores se manterem atualizados para tomadas de decisões certeiras é sempre estarem atentos a assuntos que de alguma forma impactam seu cliente final. “Esse público é o coração do sucesso das empresas, o consumo é o comportamento da marca, ou seja, a empresa precisa ser clara, objetiva e de forma que toque o coração dos seus clientes, afinal, o que seriam das empresas sem o consumidor?”, aponta.

O especialista lista e faz uma análise crítica sobre as seis principais tendências do marketing para os próximos anos:

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1.  Omnichannel: é a integração total de todos os pontos de contato entre as marcas e os consumidores, uma estratégia que vai muito além dos multicanais e, bem implementada, pode trazer transformações reais no modo como as marcas atuam no mercado. A possibilidade de entrosar ferramentas resultou numa experiência muito dinâmica, que tem o efeito de manter o cliente conectado a sua marca, por meio de uma relação que é não mais somente a de comprar um produto. Com o Omnichannel as marcas irão saber quando o cliente tiver qualquer contato com ela, seja por meio da loja online ou física, pois a ferramenta une o offline ao virtual. 

Contudo, a implementação completa de uma estratégia Omnichannel é extremamente complexa, e que pode se tornar apenas um "sonho" se não for buscada com a devida seriedade e foco pelas empresas, pois envolve diversas questões técnicas, culturais, de legislação e processos internos da empresa. Mas, com o surgimento de novos recursos e ferramentas, o Omnichannel continuará na lista das tendências e não há dúvida que o caminho para os próximos períodos será por aí.

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2.  Realidade Aumentada e Realidade Virtual: dentre as muitas ferramentas que poderão ser altamente empregadas como tendência para 2020, está a Realidade Virtual e a Realidade Aumentada. A possibilidade de conhecer com mais detalhes os recursos e os vários aspectos de um produto tende a ser muito utilizada à medida que as pessoas vão se familiarizando com as vendas on-line.

Realidade Virtual e Realidade Aumentada são conceitos complementares, e já há alguns anos que essas tecnologias vêm fazendo parte dos avanços tecnológicos das empresas, porém agora elas tendências voltaram reinterpretadas. A Realidade Virtual e Realidade Aumentada foram redimensionadas e as marcas e pessoas estão avaliando como usá-las.  Tecnologias específicas de Realidade Virtual e Realidade Aumentada estavam sendo mostradas como Hype, em aplicações, por exemplo, de lojas, com provadores virtuais entre outros, porém, isso não evoluiu. Elas são tecnologias interessantes e que podem ser muito úteis, mas desde que façam sentido e sejam bem utilizadas pelas empresas. 

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3.  Ultra personalização X privacidade: Uma evolução tecnológica acelerada permite que cada vez mais as marcas consigam personalizar as experiências dos consumidores. Mas isso é feito à custa de dados pessoais, e chegou-se a um ponto de captação de dados que interfere com a privacidade das pessoas, com consequências morais e legais em todo o mundo. É preciso respeitar a privacidade e deixar claro para os consumidores o que está sendo pedido de informações, e como elas serão utilizadas. A palavra-chave é consentimento. Assim pode-se estreitar laços e fortalecer relacionamentos, de forma transparente.  

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4.  Muito além do propósito: mais do que nunca os consumidores estão em busca de iniciativas, marcas e empresas que tem propósitos claros. De acordo com a pesquisa, Global Marketing Trends 2020, as empresas que mais contribuem com as comunidades ao seu redor e que estimulam o desenvolvimento dos seus colaboradores estão alcançando mais resultados positivos. E, mais do que ter o propósito, é preciso agir de forma consistente, atraindo e engajando as pessoas para realizá-lo.

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5.  Tecnologia para humanização de experiências: o público está cada vez mais exigente, porém muitas tecnologias inibem as interações humanas, construindo, assim, comportamentos isolados e automatizados. Com isso, a experiência humana em relação às marcas se torna mais ausente, gerando uma deficiência de conexão a longo prazo entre marca e cliente. Então, posso afirmar que a tecnologia deixará as marcas ativas e em visibilidade, porém, depender apenas dela pode afetar a fidelização dos clientes. Vale ficar atento a esta questão. Uma dica é líderes e gestores investirem na empatia para a humanização da marca e conexão com seus consumidores. Uma ação efetiva é usar as tecnologias com o propósito de humanizar as experiências.

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6.  A evolução do conteúdo das marcas: as marcas buscam cada vez mais criar conteúdos que “amarram” seus clientes e isso é algo que já vem acontecendo com frequência. E assim entra o marketing de ciclo de vida, com desenvolvimento, introdução, crescimento, maturidade e declínio gerando venda relacional e não transacional.

“Todos os anos, novas soluções e novidades são apresentadas para melhorar a relação entre marca e cliente. Há uma infinidade de possibilidades, e é importante ter foco. Precisamos ficar atentos se essas tendências são relevantes e viáveis ao negócio. É importante entender o momento da empresa e uma dica aos líderes e gestores de marcas é abrir e aprimorar o seu olhar para compreender como traduzir as tendências para a realidade da empresa e implantá-las de forma objetiva na sua atuação profissional, gerando assim ganhos reais nos negócios”, conclui D.J. Castro

Sua empresa está usando o marketing em todo seu potencial?

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Infelizmente no Brasil ainda há uma percepção equivocada em muitas empresas de que o marketing é apenas a comunicação da marca com o mercado. É importantíssimo os gestores das empresas compreenderem toda a amplitude do marketing, para poder utilizá-lo como ferramenta estratégica no seu verdadeiro potencial,

É sobre isso que D.J. Castro, consultor da Nexia Branding, reflete em seu novo artigo na Revista Business.

Se você é gestor ou profissional de marketing, e quer ler o artigo na íntegra, clique aqui para acessá-lo.

Como sua marca pode prosperar em tempos complexos

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Hoje uma série de transformações está acontecendo simultaneamente no mercado: Evoluções tecnológicas, mudanças de comportamento dos consumidores, entrada de novos concorrentes, mudanças na legislação e nas políticas governamentais, etc. E esse cenário só tende a se complicar cada vez mais. Como sua marca pode entender o contexto e se adaptar para crescer em tempos cada vez mais complexos é o tema do novo artigo de D.J. Castro, consultor de branding e marketing da Nexia Branding, no portal Economia SC.

Quer saber mais? Leia o artigo clicando aqui.

O que posiciona e define uma marca?

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As empresas que não dão o devido valor à gestão estratégica de marcas acabam perdendo oportunidades importantes, e tem sua percepção de valor prejudicada. Acabam sendo percebidas como meras mercadorias (do inglês: Commodities). 

Produtos e serviços sem diferenciação, que são avaliados apenas pelos preços e descontos oferecidos, numa situação que não agrada valor e não é sustentável no longo prazo. Produtos que podem ser rapidamente substituídos, sem nenhuma conexão emocional que gere fidelidade nos consumidores, estão fadados ao desaparecimento. 

Por isso é preciso entender o potencial e valorizar a marca. Marcas fortes criam conexões fortes, que reverberam na mente e no coração das pessoas, e despertam o desejo de se manter próxima, presente, e constantemente fazendo novos negócios. As pessoas buscam marcas para se envolverem e se engajarem. E na sua empresa, existem marcas ou meras mercadorias?

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As definições do produto são parte importantíssima do marketing, mas o que predomina na hora da tomada de decisão do consumidor é o conjunto de percepções (positivas e negativas) que se formam em sua mente, a partir das experiências, emoções, sensações e memórias despertadas a partir da interação com a marca e seu ambiente.

Os líderes de mercado entendem essa dinâmica e tomam proveito, oferecendo oportunidades de desenvolvimento dessas condições, para gerar cada vez mais percepções positivas, construindo uma relação mais forte com a marca, seus produtos e serviços. Quem não compreende essa realidade do marketing, fica para trás.

–– D.J. Castro


5 Tendências de marketing para 2020

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A GoAd liberou um relatório apontando tendências que irão nortear o marketing em 2020.

Assim como outros estudos desenvolvidos por outras entidades e institutos, este novo material aponta para o mesmo caminho, reforçando a mensagem de que uma empresa com propósito bem definido e que tenha acima de tudo transparência e respeito pelos consumidores estará seguindo pelo trajeto correto.

O estudo destaca 5 tendências, que já vimos serem evidenciadas por outras entidades, mostrando sua importância. São elas:

1. Retomada da relevância

2. Criação de grupos multidisciplinares internos

3. O Consumidor no centro

4. Parcerias com startups para inovação

5. Automatização de processos

A leitura vale a pena, pois é uma confirmação de fatores que realmente são importantes para as empresas que querem acompanhar a nova realidade do marketing. Você pode ler a nota clicando aqui.

– Patrícia Lemfers Campestrini

Fonte da notícia: Uol Economia

O Planejamento Estratégico de Marketing e o sucesso das empresas

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Você sabia que o sucesso das empresas está diretamente relacionado à sua capacidade de se conectar com o mercado? Pois então, quem entende melhor o mercado, consegue alcançar mais pessoas, para vender mais e melhor. Para ter eficiência, a estratégia, nas organizações, deve ser aplicada nas definições do planejamento estratégico, nos processos de administração e nos momentos de tomadas de decisões da alta gestão.

É importante ficar atento também as ações dentro da empresa, que devem ser alinhadas nos níveis: estratégico (alta direção da empresa), tático/administrativo (gerência) e operacional. Sem alinhamento em todos os níveis, a empresa não conseguirá implementar a estratégia pretendida.

Você como líder ou gestor de uma empresa precisa ficar atento! De nada adianta um plano de negócios perfeitamente elaborado, se não há uma estratégia de marketing que o sustente. O planejamento estratégico de marketing é um pilar fundamental para que as empresas alcancem seus objetivos de negócios.

Conheça um pouco mais sobre o assunto lendo nosso artigo “O Planejamento Estratégico de Marketing e o sucesso das empresas”.

O fator humano e o Marketing

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O fator humano será responsável por influenciar diversos aspectos do marketing. A sua empresa está preparada para isso?

O avanço de novas tecnologias, a popularização da internet e a transformação digital fizeram nascer inúmeras tendências para o marketing, tornando-o ainda mais criativo, colaborativo e com atenção máxima ao cliente. A última pesquisa da Delloite, intitulada Global Marketing Trends 2020, aponta que o fator humano será responsável por influenciar diversos aspectos da área.

Para 2020, as marcas precisarão alinhar diversas tendências e, principalmente, analisar quais serão viáveis ao seu setor. Líderes e gestores precisam deixar o propósito da marca claro para os consumidores, utilizando, sempre, a experiência do usuário para influenciar os processos. Utilizar a tecnologia para acompanhar as mudanças rápidas do mercado, usar metodologias ágeis e conquistar a confiança dos consumidores são tendências que precisam estar nas suas metas para 2020.

Uma forma para você se manter atualizado para tomadas de decisões certeiras é sempre estar atento a assuntos que de alguma forma impactam o seu cliente final. Esse público é o coração do sucesso da empresa, o consumo é o comportamento da marca, ou seja, a empresa precisa ser clara, objetiva e de forma que toque o coração dos seus clientes. Afinal, o que seria das empresas sem o cliente?

10 tendências que vão impactar o mercado da moda em 2020

Photo by pexels

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As perspectivas para o mercado da moda em 2020 são complexas e desafiadoras. O cenário econômico, político, social e ambiental em constante ebulição, e a necessidade de responder às forças competitivas que vem de diversas direções e às mudanças tecnológicas que influenciam fortemente no comportamento dos consumidores, faz com que as empresas da indústria da moda tenham que se adaptar para sobreviver. 


As empresas mais bem sucedidas serão as que conseguirem agir mais rapidamente, antecipando-se às mudanças, com foco na rentabilidade e sustentabilidade no longo prazo, em vez de apenas no aumento de vendas do curto prazo, e que trabalham para engajar as pessoas para aprimorar processos e produtividade, enquanto garantem flexibilidade operacional e robustez financeira. Só os mais adaptáveis prevalecerão e crescerão nesse novo ambiente.

A consultoria McKinsey se uniu ao site The Business of Fashion e produziu um relatório, chamado "The State of Fashion 2020". Aqui está um resumo geral das principais tendências que impactarão o mercado em 2020: 

ECONOMIA GLOBAL

1. Alerta Máximo sobre as condições econômicas

Atenção contínua é recomendada para o próximo ano, em que uma turbulência subjacente e crescente poderá perturbar as relações entre as economias de países emergentes e desenvolvidos. Indicadores de risco de recessão estão obrigando as empresas de diversos segmentos a criar planos de resiliência para outros riscos macro como instabilidade geopolítica e a degradação das tensões de comércio internacional.

A quantidade de pessoas que responderam à pesquisa afirmando que esperam que as condições econômicas vão melhorar despencou de 49% para 2019 para 9% para 2020.

2. Oportunidades além da China

China vai continuar a fornecer oportunidades e a ter um papel de liderança na indústria global da moda, mas o seu mercado colossal está se mostrando mais difícil de penetrar do que as marcas anteciparam. 

A população de consumidores com menos de 30 anos em 5 novos mercados fora da China vai crescer para ser mais do que o dobro do tamanho da população chinesa equivalente em 2025.

MUDANÇAS NOS CONSUMIDORES

3. Novas estratégias para comunicar com a nova geração social

Enquanto os modelos tradicionais de engajamento têm dificuldade nas plataformas de mídia social, quem trabalha com moda precisa repensar sua estratégia e encontrar meios de maximizar seu retorno sobre o capital investido. Conteúdo capaz de deter a atenção das pessoas são a chave, quando direcionados nas plataformas certas para cada mercado, usando chamadas persuasivas e, sempre que possível, um link direto, e sem atrito, para o checkout.

Setenta por cento dos profissionais de moda acreditam que um tema de destaque do próximo ano será a avaliação constante e crescente dos níveis de investimento nas plataformas das novas mídias X as plataformas tradicionais.

4. Marcas mais próximas no mundo físico

A demanda dos consumidores por conveniência e atendimento imediato está forçando os varejistas a complementar as redes de lojas físicas com lojas de formato mais compacto, que estão mais próximas dos consumidores, acessíveis onde eles estão, e que reduzem atritos na jornada do consumidor. A fórmula vencedora vai apresentar experiências in-store (dentro das lojas) e variedades de produtos adequadas às demandas locais em vizinhanças e subúrbios que vão além dos principais Shopping Centers e centros de serviços. 

Cinquenta e cinco por cento dos executivos de moda acreditam que uma “experiência nas lojas físicas adequada à demanda local" será um tema de destaque no próximo ano.

5. Sustentabilidade em primeiro Lugar

A indústria da moda global é de altíssimo consumo de energia, geração de poluição e desperdício. Apesar de alguns progressos modestos, a moda ainda não tomou a sério o suficiente as suas responsabilidades ambientais. No próximo ano, os profissionais de moda precisam abandonar as platitudes e os ruídos que só servem para autopromoção e começar a agir de forma significativa e respeitando as normas regulatórias, enquanto enfrentam a demanda dos consumidores por mudanças realmente transformadoras.

Participantes da pesquisa da McKinsey afirmaram que “sustentabilidade" vai ser tanto o maior desafio quanto a maior oportunidade para a indústria da moda em 2020.

O SISTEMA DA MODA

6. A Revolução dos materiais

As marcas de moda estão avaliando alternativas para os materiais padrão de hoje, com empresas-chave focadas em substitutos mais sustentáveis, que incluem vários tipos de materiais possíveis, redescobertas de técnicas ancestrais, reengenharia de materiais preferidos antigamente, e também materiais de alta tecnologia que conseguem entregar novas funcionalidades e atributos estéticos. Nós esperamos que as áreas de Pesquisa e Desenvolvimento das empresas vão cada vez mais dar foco à ciência de materiais para que a criação de novas fibras, têxteis, acabamentos e outras inovações em materiais possam ser utilizadas em larga escala.

Dos pesquisados, 67% consideram que utilizar materiais inovadores e sustentáveis é importante para suas empresas.

7. Uma cultura cada vez mais inclusiva

Consumidores e empregadores estão colocando cada vez mais pressão nas empresas de moda para que se tornem defensores proativos da diversidade e da inclusão. Mais e mais companhias estão elevando a diversidade e a inclusão para um nível de alta prioridade, envolvendo toda a organização em torno do tema e contratando profissionais com papéis de liderança específico nessas áreas. Mas as iniciativas das empresas estarão cada vez mais sob o olhar atento e avaliadas em termos da sua sinceridade e dos resultados nas ações.

No total de empresa da indústria da moda há sete diretores-executivos homens para cada diretora-executiva mulher.

8. O crescimento dos concorrentes Além-fronteiras

As marcas de moda e varejistas estabelecidos vão enfrentar uma concorrência cada vez maior de novos concorrentes asiáticos, enquanto fabricantes e empresas de pequeno e médio porte (PMEs) extrapolam seus papéis tradicionais e começam a vender diretamente para os consumidores finais em nível global. É esperada uma competição ainda maior de empresas até então desconhecidas da cadeia de suprimento asiática, que desenvolvem produtos populares para vender a preços acessíveis usando plataformas de e-commerce que independem de fronteiras físicas. 

9. Convenções não-convencionais

As feiras de negócios de moda tradicionais precisam reagir à crescente atividade de venda direta ao consumidor, ciclos de moda cada vez mais curtos, e digitalização comercial. É preciso que os eventos incorporem novos papéis e refinem seu foco na audiência certa. Em uma aposta para se manterem relevantes, se diferenciarem, a até como estratégia de sobrevivência, cada vez mais desses eventos vão adicionar atrações direcionadas aos consumidores (B2C) ou lançar novos serviços e experiências para aprimorar relações com sua audiência B2B tradicional.

A feira de negócios do futuro vai precisar ser altamente digital, repensar seu público-alvo e dar protagonismo a tendências e ideias fresquíssimas para a indústria. 

10. Recalibração Digital

Avaliação do valor das empresas de moda chegou a níveis alarmantes e, apesar de uma sequência de aberturas de capital (IPOs) de grande destaque, e empresas privadas alcançando status de unicórnios (com valor acima de US$ 1 bilhão), o sentimento dos investidores em relação ao desempenho do mercado está começando a piorar. A apreensão dos investidores cresce em relação ao caminho viável de lucratividade de alguns players digitais, desde varejistas e marketplaces 100% digitais, até marcas de venda direta ao consumidor e outros modelos de negócios com foco no digital (digital-first). 

Queda de valor das startups de Moda: Na média, as empresas de tecnologia + moda que fizeram IPO nos últimos 2 anos tiveram uma queda de 27% no valor das suas ações desde que começaram a negociar nas bolsas de valores. É preciso ter atenção nesse mercado.


Referência: Relatório "The State of Fashion 2020" - McKinsey e The Business of Fashion.