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Seis principais tendências do marketing para os próximos anos

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Especialista em branding faz uma análise crítica sobre as principais tendências de mercado e dá dicas para líderes e gestores estarem à frente delas.  

O avanço de novas tecnologias, a popularização da internet e a transformação digital fizeram nascer inúmeras tendências para o marketing, tornando-o mais criativo, colaborativo e com atenção máxima ao cliente. A última pesquisa da Delloite, intitulada Global Marketing Trends 2020, aponta que o fator humano será responsável por influenciar diversos aspectos da área.

Na opinião do especialista em branding D.J. Castro, CEO da Nexia Branding e que vem analisando e mapeando há sete anos as tendências de mercado, para 2020, as marcas precisarão alinhar diversas tendências e, principalmente, analisar quais serão viáveis ao seu setor. “Deixar seu propósito claro para os consumidores, utilizar a experiência do usuário para influenciar os processos, usar a tecnologia para acompanhar as mudanças rápidas do mercado, utilizar metodologias ágeis e conquistar a confiança dos consumidores são tendências que precisam estar nas metas dos gestores”, informa.

De acordo com o especialista, uma forma de os líderes e gestores se manterem atualizados para tomadas de decisões certeiras é sempre estarem atentos a assuntos que de alguma forma impactam seu cliente final. “Esse público é o coração do sucesso das empresas, o consumo é o comportamento da marca, ou seja, a empresa precisa ser clara, objetiva e de forma que toque o coração dos seus clientes, afinal, o que seriam das empresas sem o consumidor?”, aponta.

O especialista lista e faz uma análise crítica sobre as seis principais tendências do marketing para os próximos anos:

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1.  Omnichannel: é a integração total de todos os pontos de contato entre as marcas e os consumidores, uma estratégia que vai muito além dos multicanais e, bem implementada, pode trazer transformações reais no modo como as marcas atuam no mercado. A possibilidade de entrosar ferramentas resultou numa experiência muito dinâmica, que tem o efeito de manter o cliente conectado a sua marca, por meio de uma relação que é não mais somente a de comprar um produto. Com o Omnichannel as marcas irão saber quando o cliente tiver qualquer contato com ela, seja por meio da loja online ou física, pois a ferramenta une o offline ao virtual. 

Contudo, a implementação completa de uma estratégia Omnichannel é extremamente complexa, e que pode se tornar apenas um "sonho" se não for buscada com a devida seriedade e foco pelas empresas, pois envolve diversas questões técnicas, culturais, de legislação e processos internos da empresa. Mas, com o surgimento de novos recursos e ferramentas, o Omnichannel continuará na lista das tendências e não há dúvida que o caminho para os próximos períodos será por aí.

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2.  Realidade Aumentada e Realidade Virtual: dentre as muitas ferramentas que poderão ser altamente empregadas como tendência para 2020, está a Realidade Virtual e a Realidade Aumentada. A possibilidade de conhecer com mais detalhes os recursos e os vários aspectos de um produto tende a ser muito utilizada à medida que as pessoas vão se familiarizando com as vendas on-line.

Realidade Virtual e Realidade Aumentada são conceitos complementares, e já há alguns anos que essas tecnologias vêm fazendo parte dos avanços tecnológicos das empresas, porém agora elas tendências voltaram reinterpretadas. A Realidade Virtual e Realidade Aumentada foram redimensionadas e as marcas e pessoas estão avaliando como usá-las.  Tecnologias específicas de Realidade Virtual e Realidade Aumentada estavam sendo mostradas como Hype, em aplicações, por exemplo, de lojas, com provadores virtuais entre outros, porém, isso não evoluiu. Elas são tecnologias interessantes e que podem ser muito úteis, mas desde que façam sentido e sejam bem utilizadas pelas empresas. 

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3.  Ultra personalização X privacidade: Uma evolução tecnológica acelerada permite que cada vez mais as marcas consigam personalizar as experiências dos consumidores. Mas isso é feito à custa de dados pessoais, e chegou-se a um ponto de captação de dados que interfere com a privacidade das pessoas, com consequências morais e legais em todo o mundo. É preciso respeitar a privacidade e deixar claro para os consumidores o que está sendo pedido de informações, e como elas serão utilizadas. A palavra-chave é consentimento. Assim pode-se estreitar laços e fortalecer relacionamentos, de forma transparente.  

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4.  Muito além do propósito: mais do que nunca os consumidores estão em busca de iniciativas, marcas e empresas que tem propósitos claros. De acordo com a pesquisa, Global Marketing Trends 2020, as empresas que mais contribuem com as comunidades ao seu redor e que estimulam o desenvolvimento dos seus colaboradores estão alcançando mais resultados positivos. E, mais do que ter o propósito, é preciso agir de forma consistente, atraindo e engajando as pessoas para realizá-lo.

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5.  Tecnologia para humanização de experiências: o público está cada vez mais exigente, porém muitas tecnologias inibem as interações humanas, construindo, assim, comportamentos isolados e automatizados. Com isso, a experiência humana em relação às marcas se torna mais ausente, gerando uma deficiência de conexão a longo prazo entre marca e cliente. Então, posso afirmar que a tecnologia deixará as marcas ativas e em visibilidade, porém, depender apenas dela pode afetar a fidelização dos clientes. Vale ficar atento a esta questão. Uma dica é líderes e gestores investirem na empatia para a humanização da marca e conexão com seus consumidores. Uma ação efetiva é usar as tecnologias com o propósito de humanizar as experiências.

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6.  A evolução do conteúdo das marcas: as marcas buscam cada vez mais criar conteúdos que “amarram” seus clientes e isso é algo que já vem acontecendo com frequência. E assim entra o marketing de ciclo de vida, com desenvolvimento, introdução, crescimento, maturidade e declínio gerando venda relacional e não transacional.

“Todos os anos, novas soluções e novidades são apresentadas para melhorar a relação entre marca e cliente. Há uma infinidade de possibilidades, e é importante ter foco. Precisamos ficar atentos se essas tendências são relevantes e viáveis ao negócio. É importante entender o momento da empresa e uma dica aos líderes e gestores de marcas é abrir e aprimorar o seu olhar para compreender como traduzir as tendências para a realidade da empresa e implantá-las de forma objetiva na sua atuação profissional, gerando assim ganhos reais nos negócios”, conclui D.J. Castro

Marketing, futuro, tecnologia e pessoas...

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Por: Patrícia Lemfers Campestrini

Olá pessoas!

Após um período relativamente longo, volto com uma matéria muito desafiadora como recomendação de leitura.

Por que considero desafiadora? Afinal ela fala de 21 novas possibilidades de profissões na área de marketing.

Porque ao ver a descrição de cada uma das atividades fui me dando conta, cada vez com mais força, de quão complexo essa profissão se tornou com o advento da tecnologia. Antigamente aprendíamos na faculdade que o conceito dos 4 P's era o cerne para a realização de um bom trabalho na área (é óbvio que isso não bastava, mas era o ponta pé inicial), e depois com o passar do tempo e como tudo na vida, a profissão foi evoluindo: propósito, branding, relacionamento, experiência, digital, etc...

Vejo hoje uma necessidade mais que urgente de conseguir acompanhar os avanços da tecnologia, que o marketing está se transformando cada vez mais em TI, IA, RV, etc... mas que ele ainda precisa se conectar com o consumidor, que essencialmente são pessoas! E esse detalhamento de 21 novas profissões mostra um excesso de trabalho pesado para conseguir fazer essa conexão dar certo.

Posso estar errada na minha visão, na minha avaliação. Mas precisa ser tudo tão complicado assim?

Concordo que o mundo hoje em dia é digital e está cada vez mais evoluindo neste caminho. Mas também gosto muito de olhar individualmente para cada situação e para as pessoas envolvidas e tentar ver o outro lado, encontrar os seres humanos que existem por trás de cada história (afinal ainda não fomos substituídos por robos! Graças a Deus!)

Sou fã do especialista comportamental Martin Lindstron, no seu livro Small Data ele defende que as vezes olhar para dentro, para pequenos detalhes na casa das pessoas, conversar profunda e individualmente com elas, pode fazer uma diferença muito grande! Espero sinceramente que as empresas não se esqueçam que este formato de trabalho ainda é muito válido e que nunca vai se desatualizar.

Mas por enquanto, confiram as novas profissões! Elas são válidas e serão sim muito requisitadas no nosso meio.

Boa leitura!

Fonte da notícia: Meio e Mensagem. Leia aqui.