LIVE - Crise Global: Como as marcas podem reagir

D.J. Castro, Fundador da Nexia Branding e especialista em Gestão de Marcas e Marketing Estratégico apresentou mini-palestras ao vivo sobre como as marcas podem reagir à crise gerada pela Pandemia global do coronavírus.

Live No Instagram da Presse Comunicação

No dia 24 de março, D.J. Castro e Cristiane Soethe, da Presse Comunicação Corporativa, discutiram sobre as estratégias que as marcas devem tomar para reagir à crise.

Ebook com o Conteúdo

A Nexia e a Presse prepararam um ebook com os conceitos apresentados na Live, que você pode obter clicando aqui.

Assista o video da Live:

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Live no Youtube do Movimento #vaiprodigital

No dia 6 de abril, A Live faz parte da série de palestras com profissionais do mercado, dentro do Movimento #vaiprodigital, que tem apoio da ACIB (Associação Empresarial de Blumenau), Blusoft e Viacredi.

Assista o vídeo abaixo:

Como as Marcas podem reagir a essa crise sem precedentes?

Estamos passando por uma crise global, onde governos, empresas, colaboradores e a sociedade como um todo serão afetados. Milhões de pessoas em casa significa que a atividade econômica fica prejudicada. Bolsas de valores em queda, mercado fragilizado, mudanças de comportamento.

E a comunicação, como fica?

As empresas precisarão tomar medidas para diminuir os impactos econômicos, buscando soluções para continuar o trabalho e manter o máximo possível o ritmo dos negócios. A comunicação e o marketing passam a ser aliados ainda mais estratégicos para enfrentar essa crise.

Onde há crise, há oportunidades. Mas, não há espaço para oportunismos.

Na língua chinesa, o ideograma de CRISE também significa OPORTUNIDADE. As empresas precisam ter cuidado para não tomarem ações que possam ser percebidas como oportunistas, porque podem gerar reações adversas e até boicotes. É um momento extremamente delicado e os próximos meses têm que ser navegados com extrema cautela. Mas, isso não significa ficar de braços cruzados. É preciso agir diariamente para ajustar os rumos e otimizar o desempenho da empresas nesses tempos turbulentos.

As marcas devem criar estratégias e ações focadas em:

BUSCAR SUA ESSÊNCIA E COMPREENDER O QUE É ESSENCIAL PARA AS PESSOAS

DAR CONFORTO PARA AS PESSOAS

PROMOVER ATOS DE GENTILEZA

ATRAVESSAR A CRISE COM ESTILO

TER UMA PRESENÇA DIGITAL CADA VEZ MAIOR

AJUDAR AS PESSOAS A PASSAR O TEMPO

UTILIZAR O BOM HUMOR, AFINAL, RIR É O MELHOR REMÉDIO

IDENTIFICAR OS MELHORES CANAIS PARA COMUNICAR SUAS AÇÕES

Foco no resultado

Os empreendedores e gestores de marcas não devem se desesperar nesse momento atípico. É necessário enfrentar os problemas com foco no resultado, entendendo que podem ser criadas estratégias para fortalecer a marca junto às pessoas, e gerar melhores negócios durante a crise, ou preparar a marca para o que vem depois, quando tudo isso passar. E vai passar.

As marcas mais preparadas vão conseguir transformar esse momento complexo em algo positivo, agora e no futuro.

Marketing, Inovação e Negócios – Comentário #2

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Diante de um desafio sem precedentes, a palavra chave é transformação.

Transformação de cenário, criando um ambiente totalmente volátil e e imprevisível que muda constantemente.

Transformação da visão estratégica, buscando soluções para problemas que nunca foram previstos.

Transformação digital, criando novas maneiras de conectar colaboradores, parceiros e clientes, para manter os projetos em andamento e se preparar agora para o futuro.

Transformação de percepções, forçando uma abordagem mais humanista, focada nas pessoas.

E, o mais importante: Transformação de atitudes, porque não adianta ter as melhores tecnologias à disposição, nem o melhor plano estratégico, se as pessoas não se engajarem ao redor de ações positivas e produtivas para enfrentar a crise. Colaborar é fundamental.

A crise vai passar, vamos atravessar esse momento crítico e, juntos, vamos sair mais fortalecidos. E transformados.

D.J. Castro
2 de abril de 2020

O comentário de D.J. Castro é veiculado todas as quintas feiras, às 18 horas, na rádio 90FM de Blumenau.

Confira aqui o episódio #2:

Impactos da pandemia na economia criativa e maneiras criativas de evitá-los

Photo by Pexels

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Estamos no meio de uma pandemia global e os Governos estão diariamente tomando medidas para conter a disseminação do novo Coronavírus. Lockouts, quarentenas e regras de isolamento social estão deixando as pessoas em casa. Com isso, um dos setores mais afetados imediatamente é o da economia criativa. Shows, peças de teatro, eventos e convenções foram cancelados e adiados por tempo indeterminado.

E agora é hora de todos buscarem maneiras criativas para continuar o trabalho durante esse período complicado, como, por exemplo, os eventos virtuais. Existem várias soluções no mercado. A Microsoft e o Google, que liberaram gratuitamente o uso das versões profissionais de seus sistemas de teleconferência corporativa, o Skype e o Hangout, até o fim da pandemia.

Quer saber mais sobre as soluções e ferramentas para o teletrabalho e que podem agilizar o dia-a-dia das pessoas, mantendo o ritmo produtivo das atividades em grupo, sem criar situações potenciais de contágio?

Acesse e leia na íntegra o artigo no Update Or Die, elaborado pelo especialista em branding, D.J. Castro.

O comentário de D.J. Castro sobre marketing, inovação e negócios. Episódio #1

D.J. Castro, fundador da Nexia Branding e consultor de Marketing Estratégico, terá a partir de hoje um comentário semanal, às quintas-feiras às 18h00, na rádio 90FM de Blumenau, falando sobre marketing, inovação e negócios.

Confira aqui o episódio de estréia. 🙂

Comentário Rádio 90FM
D.J. Castro
25/3/2020

Estamos enfrentando uma crise global sem precedentes e, agora, é questão de sobrevivência que os empreendedores e profissionais compreendam o papel das empresas e das marcas.

Na economia do conhecimento, uma boa empresa, muito mais do que uma propriedade, é uma comunidade com um propósito. E isso deve se refletir na atitude das marcas. Marcas mais humanas, que se conectam com as pessoas, e buscam fortalecer relacionamentos, tem uma vantagem competitiva nesse contexto.

Marcas que buscam compreender o que é essencial, oferecendo conforto e promovendo atos de gentileza, serão reconhecidas e lembradas.

Conecte-se com seus colaboradores, parceiros e clientes.

E Lembre-se: As pessoas em primeiro lugar. São elas que garantem o sucesso do seu negócio, hoje e sempre.

Os episódios vão ao ar na Rádio 90FM de Blumenau, 90,5MHz. Você também pode ouví-los ao vivo no site da rádio.

Crise Global: Como as marcas podem reagir.

CRISE GLOBAL:
COMO AS MARCAS PODEM REAGIR.

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O mundo está enfrentando uma pandemia, com uma nova doença causada por um vírus que se espalha muito facilmente. Os governos em todo o mundo estão reagindo fortemente, com vários países determinando isolamento da população em suas casas. Milhões de pessoas em casa significa que a atividade econômica fica prejudicada. Por conta disso, as bolsas de valores tiveram um crash gigantesco, fragilizando ainda mais a situação das empresas e dos mercados.  

Os choque sofridos por nações e por grandes empresas negociadas em bolsa rapidamente irão se refletir por toda a sociedade, em cada país em que o vírus chegar. E os primeiros casos estão chegando ao Brasil. 

Em paralelo às questões de saúde pública, já estamos vendo mudanças drásticas no comportamento dos consumidores nos países afetados, e essas mudanças, em diversas medidas, devem acontecer no nosso país. 

As empresas precisam tomar medidas para diminuir os impactos econômico, buscando soluções para continuar o trabalho e manter o máximo possível o ritmo dos negócios. 

Menos pessoas nas ruas, menos interações sociais.

Um primeiro impacto esperado e uma diminuição brusca na circulação de pessoas e sua participação em eventos em grupo. Isso diminuirá fortemente o faturamento de negócios que dependem da presença física, e de agrupamento de pessoas. Segundo a IPSOS, os negócios mais impactados inicialmente pelas mudanças de comportamento dos consumidores serão: lojas físicas, locais de lazer, itens de grande valor agregado (carros, produtos de luxo), bebidas alcólicas, turismo e viagens, tecnologias para o consumidor. 

Na China, na fase inicial da epidemia, as pessoas consumiram mais produtos de cuidados médicos, comidas e bebidas (estocando para se prevenirem), e também mais serviços online. E diminuiu a compra de roupas e produtos de beleza. Ocorreu um grande aumento na utilização de serviços de delivery, aumento na audiência de serviços de streaming e atividades físicas indoor, como exercícios e até a limpeza das casas. Mais tempo em casa significa também a oportunidade de cozinhar, e de desenvolver atividades criativas em casa, de tocar instrumentos musicais a criar memes...

Com o medo de compartilhar espaços públicos, houve na China um aumento na intenção de compra de veículos particulares. Em contrapartida, também se verificou uma maior preocupação com as questões ambientais. Um resultado que expõe a contradição de percepção existente nas pessoas em relação a essas questões. 

Onde há crise, há oportunidades. Mas não há espaço para oportunismo.

Na língua chinesa, o ideograma de CRISE também significa OPORTUNIDADE. E é fato que essa nova crise pode criar oportunidades de negócios para muitas empresas. Ao mesmo tempo, as empresas precisam ter cuidado para não tomarem ações que possam ser percebidas como oportunistas, porque podem gerar reações adversas e até boicotes. É um momento extremamente delicado e os próximos meses tem que ser navegados com extrema cautela. Mas isso não significa ficar de braços cruzados. É preciso agir diariamente para ajustar o s rumos e otimizar o desempenho da empresas nesses tempos turbulentos.

As marcas devem criar estratégias e ações focadas em:

• Dar conforto para as pessoas. Aproveitar esse momento crítico para oferecer serviços que facilitam a vida, benefícios e comodidades que vão simplificar e melhorar pontos de atrito. É hora de refletir sobre onde e como podemos melhorar a experiência dos consumidores. Limitações impostas geram momentos de reflexão que devem ser aproveitados. Isso vale tanto para os consumidores quanto para os colaboradores e parceiros da empresa. Como podemos criar oportunidades de impacto positivo. 

• Promover atos de gentileza: Ajustar o tom de voz da marca para que seja mais compreensivo, humano, próximo. Tornar-se disponível e incentivar as melhores atitudes das pessoas em todos os pontos de contato com a marca. Transformar esse momento em algo mais positivo, aproveitando para desenvolver relacionamentos de longo prazo. Todos estamos juntos nesse barco, e a agressividade que antes estava tomando conta do mercado deve dar espaço para mais suavidade e tranquilidade.

• Buscar sua essência e compreender o que é essencial para as pessoas.: Com o impacto da pandemia reverberando por todas os aspectos da vida, com a quarentena, o isolamento e o distanciamento social, a perspectiva das pessoas vai ser recalibrada, e seus hábitos de consumo se transformarão, com foco no que é essencial, no que é imprescindível para sobreviver e para viver melhor nas novas condições apresentadas. Os consumidores serão muito mais criteriosos, e poderão assumir uma postura mais austera e cuidadosa. 

As marcas devem resgatar sua essência para entender o que podem oferecer para as pessoas que se conecta com essa nova realidade, seja através de produtos ou serviços, e manter os relacionamentos ativos durante o período mais crítico.

• Atravessar a crise com estilo: Estilo vai além de estar na moda. A elegância no trato com as pessoas, o entendimento das necessidades dos stakeholders e o foco nos consumidores é essencial para passar essa fase cm força e, quando a crise passar, conquistar o mercado com as lições aprendidas. Criar e oferecer novas ofertas para os consumidores, dentro das limitações impostas pelo cenário de crise, deve estar no radar das marcas. 

• Ter uma presença digital cada vez maior: Limitação de circulação, proibição de realização de eventos, cria a necessidade de fazer as atividades de forma virtual. Enquanto a SXSW foi cancelada, a Apple já anunciou que vai disponibilizar online todas as palestras da WWDC, que acontece em junho. Novos formatos de comunicação devem ser aproveitados, utilizando teleconferências e o tele-trabalho de forma mais efetiva. A necessidade da crise pode criar novos processos e maneiras de trabalhar, otimizando a empresa depois do fim desse período crítico. As empresas devem a pensar no virtual primeiro, e as pessoas vão perceber que muitas reuniões poderiam ser resolvidas com apenas um email...

• Ajudar as pessoas a passar o tempo: A necessidade de "válvulas de escape" vai continuar existindo. Na Itália, as pessoas confinadas estão cantando nas varandas. Como as marcas podem oferecer experiências interativas que gerem sensações positivas? Campeonatos virtuais, troca de experiências, interações online. Há um universo de possibilidades a explorar. E a tecnologia tem capacidade de transmitir os dados como nunca antes foi possível. O limite é a imaginação. 

• Rir é o melhor remédio: O humor é fundamental, mas as marcas tem que refletir até onde podem ir com a mensagem de humor e cuidar para não ofender sentimentos humanos. É possível unir o humor com mensagens positivas para que todos os públicos impactados pela marca atravessem essa crise com mensagens e percepções positivas. Uma grande oportunidade para criar mensagens e estabelecer conexões com as pessoas, sempre com critério e bom gosto.

Os empreendedores e gestores de marcas não devem se desesperar nesse momento atípico. É necessário enfrentar os problemas com foco no resultado, entendendo que podem ser criadas estratégias para fortalecer a marca junto às pessoas, e gerar melhores negócios durante a crise, ou preparar a marca para o que vem depois, quando tudo isso passar. E vai passar. 

As marcas mais preparadas vão conseguir transformar esse momento complexo em algo positivo, agora e no futuro. 

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D.J. Castro

Artigo publicado no Mundo do Marketing.

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Sobre o Autor

José Dejanir de Castro Junior, mais conhecido no mercado como D.J. Castro, formou-se em 1996 em Propaganda e Marketing pela ESPM de São Paulo. Cursou Pós-Graduação em Design na Escola de Belas Artes-SP e MBA em Negócios da Moda pelo IBMODA-SC. É especialista em Gestão de Negócios e Marketing pela Fundação Dom Cabral.

Foi sócio de diretor criativo de agências de comunicação em São Paulo e Santa Catarina. Desenvolveu projetos de marketing e campanhas de comunicação para marcas de atuação nacional como Natura, Estadão, Americanas.com, Unibanco, Bradesco Seguros, Telemig Celular, Amazônia Celular, Audi, entre outras.

Atuante no ecossistema de Inovação de Santa Catarina. É vice-coordenador do Núcleo de Inovação da ACIB - Blumenau. É diretor de Marketing e eventos da ASA - Associação dos amigos do Hospital Santo Antônio. Atua como conselheiro do SC Criativa, movimento pelo desenvolvimento da economia criativa de Santa Catarina. D.J. Castro escreve artigos para os veículos: Revista Business e EconomiaSC. É fundador e palestrante do Tsunami Lab.

Consultor de Branding e Marketing Estratégico, em 2012, D.J. Castro criou a NEXIA BRANDING, Consultoria Estratégica focada na Criação, Construção e Transformação de Marcas, e que nasceu com a proposta de unir Gestão Estratégica de Marcas e Marketing para gerar Inovação e transformar negócios. A Nexia desenvolveu projetos para marcas como Decanter, Cerveja Blumenau, HBSIS, Grupo Unite, Beagle, Von der Volke, entre outros.

D.J. Castro é proprietário e consultor de gestão de marcas e marketing estratégico na Nexia Branding.

Modelos de negócios e geração de valor no início do século XXI

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Em um mercado em transformação cada vez mais acelerada, sempre estamos vendo novos modelos de negócios sendo criados, conseguindo criar propostas de valor interessantes que despertam o interesse das pessoas e se conectam com suas necessidade, e também extraindo valor de áreas que antes não eram exploradas. Como o AirBNB, ao liberar a capacidade das pessoas venderem estadias em espaços que antes ficavam ociosos; ou o Uber e o Lyft, que potencializaram a capacidade do carro próprio virar uma fonte alternativa de renda, criando uma nova categoria de serviço de transporte; ou a Netflix, eliminando a espera pelos filmes de lançamento, que acontecia antigamente nas locadoras de video...

Mas não só as empresas disruptivas que tem modelos de negócios revolucionários. Muitas empresas já consolidas ganham dinheiro de formas que nem imaginamos. Na verdade, uma das coisas mais estranhas no capitalismo moderno são os modelos de negócios que fazem grandes corporações terem lucros gigantescos. É Fácil imaginar que o dinheiro vem da venda dos produtos que eles fabricam, mas esse formato é cada vez mais raro. Vamos ver alguns exemplos:

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McDonald's, muito além dos hambúrgueres

O McDonald's, com mais de 37 mil restaurantes no mundo, não ganha dinheiro vendendo sanduíches ou batatas fritas, e sim através de um sistema de compra dos terrenos onde as lanchonetes vão operar, e alugando os imóveis para os franqueados. Isso fez com que a corporação se tornasse um dos maiores donos de imóveis do mundo. 

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Coca-cola, bebendo lucros direto da fonte

A Coca-Cola Company, há muito tempo, deixou de ter como foco de negócios a produção e engarrafamento dos refrigerantes, e passou a licenciar o direito de produção para terceiros. Assim, a companhia tem muito menos ativos fixos do que seus números grandiosos poderiam indicar. Aqui no Brasil, por exemplo, a produção é licenciada, com operações em todas as regiões do país, envolvendo toda a cadeia produtiva e logística. A Coca-Cola recebe pela liberação de uso da marca e suas receitas.

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Apple, tecnologia para criar

A Apple antigamente produzia seus computadores de forma verticalizada. Chegou a ter fábricas nos Estados Unidos e vários outros países. Mas descobriu a cadeia de produção na China, e hoje se transformou em uma empresa de projetos. Na Apple são projetados o computadores e dispositivos, os chips, o software que roda nos produtos, as lojas Apple e até a sede da empresa teve grande parte projetada in House. A produção é totalmente terceirizada, e a Apple faz o acompanhamento dos fornecedores para que tudo saia dentro das especificações projetadas. Além disso, a Apple está dando cada vez mais atenção aos Serviços, como iCloud (armazenamento em nuvem), Apple TV+ (Streaming de videos), Apple Music (Streaming de Músicas), que geram valor através da integração do seu ecossistema com a criação de conteúdos de terceiros e, aos poucos, da própria Apple. Vender produtos, no longo prazo, terá cada vez menos pro no faturamento da companhia. E esse modelo de negócios se mostrou altamente rentável e ajudou a tornar a Apple em uma das empresas mais valiosas do Mundo, ultrapassando 1 trilhão de dólares.

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Voando alto para gerar valor

As grandes Companhias aéreas, que antes eram donas dos aviões que voavam em suas rotas, hoje fazem leasing das aeronaves e tem como principal ativo o direito de rotas mais concorridas e de Slots nos principais aeroportos. A maior vantagem competitiva das Companhias é aonde elas podem voar onde elas podem pousar. Esse novo tipo de valor determina inclusive as fusões e aquisições das empresas do segmento, que vem se consolidando a passos rápidos. As empresas que tem solos nos pontos mais disputados (por exemplo: na ponte aérea SP-RJ) e em rotas mais lucrativas, têm vantagens competitivas. 

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Mas nem tudo são flores...

Com novos modelos de negócios, a abordagem tradicional de valoração de uma empresa está também se transformando, com cada vez mais ênfase nos ativos intangíveis, como marcas, propriedade intelectual, ideias e inovações. Isso faz com que a avaliação de valor seja mais complexa e que, ao mesmo tempo, a posição das empresas seja potencialmente mais frágil. 

Como exemplos do que pode dar errado: Uma nova tecnologia pode revolucionar o mercado e derrubar a posição de determinada empresa; Um novo modelo de negócios pode gerar disrupção e sugar valor da operação atual dos concorrentes; e um impacto imprevisível na marca pode destruir o valor de mercado de uma companhia.

As empresas precisam ficar atentas a essas transformações e criar estratégicas para fortalecerem suas marcas, sus propriedade intelectual, seus processos de geração de inovação, buscando sempre criar propostas de valor que consolidem sua posição e as distanciem de seus concorrentes. A disrupção de mercado precisa partir da própria empresa ativamente. Ela não pode ficar esperando o mercado se movimentar, e tem que estar sempre atenta a qualquer ameaça para poder agir em tempo hábil. E, claro, nunca esquecer dos clientes e consumidores, estabelecendo canais de relacionamento e comunicação para compreender cada vez melhor as necessidades das pessoas. 

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D.J. Castro

José Dejanir de Castro Junior, mais conhecido no mercado como D.J. Castro, formou-se em 1996 em Propaganda e Marketing pela ESPM de São Paulo. Cursou Pós-Graduação em Design na Escola de Belas Artes-SP e MBA em Negócios da Moda pelo IBMODA-SC. É especialista em Gestão de Negócios e Marketing pela Fundação Dom Cabral.

Atuante no ecossistema de Inovação de Santa Catarina. É vice-coordenador do Núcleo de Inovação da ACIB - Blumenau. É diretor de Marketing e eventos da ASA - Associação dos amigos do Hospital Santo Antônio. Atua como conselheiro do SC Criativa, movimento pelo desenvolvimento da economia criativa de Santa Catarina. D.J. Castro escreve artigos sobre marketing, branding, estratégia de negócios, inovação e tendências. 

Consultor de Branding e Marketing Estratégico, em 2012, D.J. Castro criou a NEXIA BRANDING, Consultoria Estratégica focada na Criação, Construção e Transformação de Marcas, e que nasceu com a proposta de unir Gestão Estratégica de Marcas e Marketing para gerar Inovação e transformar negócios. A Nexia desenvolveu projetos para marcas como Decanter, Cerveja Blumenau, HBSIS, Grupo Unite, Beagle, Von der Volke, entre outros.

É Sócio-diretor e Consultor de gestão de marcas e estratégia de marketing da Nexia Branding. É fundador e palestrante do Tsunami Lab.






O posicionamento das marcas diante do ativismo digital

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O que a criação de cenários e preparação de ações de contingência tem a ver com a disciplina de futurologia.

por D.J. Castro*

 

Não é de hoje que temos assistido a um cenário onde as pessoas assumem posições radicais em relação políticas, costumes e relações humanas de forma exacerbada, sobretudo tendo como veículo de expressão as redes sociais. O que tem mudado, porém, é que as empresas e marcas tem se sentido impelidas a também assumir posições e defender causas. Porém, é necessário tomar muito cuidado na escolha dessas causas e no tom em que se comunicam com os públicos em relação à defesa dessas demandas.

Há uma grande tendência de humanização das marcas, que sugere uma relação mais pessoal e humana entre empresa e público. Dentro da conceituação apresentada pelo autor Simon Sinek - que mostra que as pessoas reagem muito mais ao "por quê" do que ao "o quê” as empresas e marcas fazem -, é importante que as organizações assumam atitudes e defendam causas alinhadas a esses propósitos. Essas atitudes podem ter efeito positivo sobre a percepção das marcas por parte dos públicos/stakeholders. 

Clique e leia o artigo na íntegra, no portal AcontecendoAqui.

Tendências que estão moldando o comportamento do consumidor no futuro

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Atualmente vivemos em uma era de aceleração cada vez maior em todos os sentidos, mais lançamentos de produtos, mais informação à disposição, mais eventos, constantemente tem alguma coisa acontecendo e a sensação de que estamos perdendo algo é sempre presente. Se essa percepção de aumento de velocidade gera ansiedade nas pessoas, do ponto de vista da gestão das empresas e marcas, o efeito é o mesmo. É cada vez mais difícil prever o comportamento dos consumidores e definir estratégias efetivas para atender suas necessidades, demandas e desejos.

Leia mais no artigo de D.J. Castro na Revista Business.

Quando o desalinhamento entre propósito e prática ameaça as marcas.

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A polêmica das camisetas e os equívocos cometidos pela Cia. Hering

Especialista em branding analisa desgaste da imagem da marca promovido por frases controversas estampadas nas peças.

A crise de imagem vivida pela Cia. Hering no último mês, uma das mais antigas e tradicionais empresas de moda do Brasil, reforça o quão prejudicial pode ser quando um produto não está alinhado ao posicionamento da marca. 

Recentemente, duas estampas de camisetas produzidas e comercializadas pela marca geraram polêmica nas redes sociais. Uma delas - “Que se dane a cerveja artesanal” -, despertou críticas dos grupos ligados ao segmento e até mesmo uma campanha de boicote da marca utilizando a #quesedaneahering. A outra, com a frase "Meu pet é mais inteligente que seu filho", causou impacto igualmente negativo à imagem da Hering. A empresa agiu rápido, desculpou-se publicamente e suspendeu as vendas dos produtos.

No entanto, infelizmente, o desgaste da imagem já estava alastrado nas redes. “Este é um exemplo em que foi lançado um produto totalmente desalinhado com o posicionamento da marca. Quem criou - e quem aprovou - o lançamento das estampas não entendeu que esse tipo de mensagem não tem nada a ver com a marca Hering. É importante corrigir esses processos internos e deixar mais claro para todos os envolvidos quais são os conceitos da marca, o que ela é e o que ela não é, para que esse tipo de erro não se repita”, analisa o especialista em branding D. J. Castro.

As camisetas faziam parte de uma linha batizada de “Hering Pop”, em referência à cultura pop. “Trata-se de um erro estratégico de base, porque talvez não tenha ficado bem claro para todos até que ponto a Hering Pop poderia ir e o quanto ela se conectava com a marca Hering, que possui um legado e um conceito cristalizados na mente das pessoas.

Também houve equívoco no processo de decisão, o que levou esse tipo de arte a ser aprovada. Isso nos mostra o quanto é importante a gestão estratégia da marca, alinhando todos os pontos de contato e stakeholders. ”, afirma o especialista. 

Segundo ele, é preciso rever os processos, conversar com as pessoas, definir, alinhar e disseminar os conceitos, e ficar vigilante pra isso não acontecer de novo. Agora, para D. J. Castro, é preciso focar na gestão de crise. A recomendação é a marca reforçar os valores que a trouxeram até aqui, nesses 140 anos.

Notícia originalmente publicada no portal Acontecendo Aqui.

Integração de ecossistemas de inovação é fator-chave para o desenvolvimento

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Por D.J. Castro 

As transformações tecnológicas, econômicas e de mercado que estão impactando o mundo têm repercussões fortes no estado de Santa Catarina.

Desafios cada vez maiores se apresentam para as empresas estabelecidas na região que buscam desenvolver novos produtos e serviços para atender as demandas cada vez mais exigentes de clientes e consumidores.

Novos processo precisam ser desenvolvidos e aprimorados, novos modelos de negócios e propostas de valor devem ser criados e novas estratégias de marketing devem ser desenvolvidas para buscar sucesso nesse novo cenário complexo.

Felizmente Santa Catarina vem se mostrando um dos estados brasileiros com maior capacidade de sobreviver aos grandes problemas atuais.

O estado vem mostrando desempenho bom em diversas áreas e normalmente está à frente nos indicadores econômicos, sociais e empresariais.

Mas é preciso ir além. O estado precisa acelerar o passo e aumentar ainda mais sua força e resiliência para avançar a passos mais rápidos, especialmente quando o cenário melhorar. Para isso, é importante que, além das empresas, sejam desenvolvidos os ecossistemas de inovação.

O que são ecossistemas de inovação?

Segundo a ANPEI, “um ecossistema de inovação nada mais é do que um conjunto de fatores que estimulam a interação e cooperação. Parques tecnológicos, incubadoras e associações são exemplo desses ecossistemas. Com isso, tais ambientes acabam se tornando polos criativos com o objetivo de impulsionar o resultado de empresas e promover novos talentos”.

Cada cidade constitui um ecossistema de inovação que precisa ser potencializado e integrado para que o conhecimento seja compartilhado e, a partir da troca de experiências e interação entre as pessoas, surjam oportunidades de negócios, soluções para problemas, parcerias tecnológicas, e, em consequência da evolução conjunta dos stakeholders, a aceleração no desempenho da região como um todo.

E além do desenvolvimento de cada ecossistema, é importantíssimo que haja integração entre os diversos ecossistemas do estado para que os desafios em comum sejam enfrentados e superados.

Centros de Inovação: um ponto de referência, mas não a panaceia

Com o intuito de fomentar esse processo, há alguns anos, o governo do Estado de SC iniciou a construção de uma rede de Centros de Inovação em 13 polos de desenvolvimento do estado. O processo está mais lento do que o esperado, mas bons resultados já começaram a surgir com a inauguração dos Centros de Inovação em Lages, Jaraguá do Sul e Joinville. Outros estão em fase final de implantação.

Mas não é a inauguração de prédios que torna o ecossistema de inovação uma realidade, é a ativação das partes interessadas, unindo poder público, academia e iniciativa privada em torno de um mesmo propósito.

A cidade de Florianópolis mostra o caminho ao não construir um novo prédio para o Centro de Inovação e, com a liderança da ACATE e do Sebrae a cidade conseguiu integrar as diversas áreas de inovação, criando, assim, um ecossistema vibrante. E isso se reflete nos resultados apresentados pelas empresas da região.

Núcleos de Inovação como agentes de integração

As Associações Empresarias de SC, orientadas pela Facisc, criaram Núcleos de Inovação Regionais para fomentar a integração das pessoas e acelerar o desenvolvimento dos ecossistemas.

Os núcleos atraem empresas dos mais diversos segmentos em busca de informação, troca de ideias e novos negócios.

Em 2018 aconteceu o primeiro encontro regional dos núcleos, em Palhoça. Seguiram-se encontros semestrais em Joinville e Rio do Sul e, no final de 2019, foi constituído o CENI: Conselho Regional de Núcleos de Inovação, que teve seu primeiro encontro em fevereiro de 2020.

Nesse encontro foi possível definir a pauta para as próximas atividades, sempre com o propósito de ser norteador, agindo como catalisador de demandas e práticas de inovação entre núcleos, através de ações que disseminem conhecimento, atuando junto ao ecossistema de inovação de SC.

Assim podemos notar que Santa Catarina está se integrando cada vez mais para aumentar a capacidade de inovação de todos os participantes do ecossistema para acelerar o desenvolvimento de cada stakeholder e, consequentemente, o crescimento econômico do estado.

Ecossistemas integrados, pessoas mais capacitadas, ideias inovadoras que se transforma em novos produtos e serviços geram riqueza e esse é o futuro que vamos construir juntos.

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Artigo publicado no portal EconomiaSC.